De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, a taxa de desemprego caiu para 12% no segundo trimestre de 2019. O resultado ficou 0,7 ponto percentual (p.p.) abaixo do registrado no primeiro trimestre e 0,4 p.p. abaixo do mesmo período de 2018.

Em termos absolutos, a população desocupada totalizou 12,8 milhões, queda de 4,6% em relação ao trimestre anterior e de 1,2% na comparação interanual.

A população ocupada (PO), por sua vez, aumentou 1,6% no trimestre e 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Destacou-se nesta comparação o aumento nas posições de “empregado no setor privado sem carteira”, com alta de 5,2%, e “conta própria, com alta de 5%.

Ainda na comparação anual, os principais aumentos ocorreram em ocupações nos setores de Serviços (6,2%) e Transportes (4,8%). A menor alta (1%) foi registrada na Indústria.

A População Economicamente Ativa (PEA) ampliou-se em 0,8% na base trimestral e 2,2% em relação ao mesmo período de 2018.

No acumulado em 12 meses, o rendimento médio habitual cresceu 0,6%, praticamente mantendo o ritmo registrado desde o início do ano.

Apesar da leve queda no desemprego, os últimos resultados da PNAD refletem um movimento bastante tímido de recuperação do emprego e da renda em 2019. Além disto, nota-se crescimento mais expressivo da ocupação entre empregados sem carteira e por conta própria, o que tende a limitar o crescimento do crédito e do consumo.

Diante do fraco desempenho da atividade econômica no primeiro semestre, somado a um cenário de baixa confiança e reduzido nível de utilização da capacidade instalada, espera-se que os números do mercado de trabalho sigam esta trajetória de recuperação lenta e gradual ao longo do segundo semestre.