De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, a taxa de desemprego ficou em 11,8% no trimestre móvel encerrado em setembro. Estando 0,2 p.p. abaixo do registrado no trimestre anterior e praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado (11,9%).

Em termos absolutos, a população desocupada totalizou 12,5 milhões, sendo 2% menor do que o registrado no segundo trimestre.

A população ocupada (PO), por sua vez, variou 0,5% no trimestre, aumentando 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Destacou-se no terceiro trimestre o aumento nas posições de “empregado no setor privado sem carteira”, com alta de 2,9%, o avanço em “conta própria”, com alta de 1,2% e a queda em “empregado no setor privado com carteira”, com redução de 0,4%.

Ainda na comparação trimestral, os principais aumentos ocorreram em ocupações nos setores de Construção (3,8%) e Comércio (0,6%). Por outro lado, a queda mais expressiva do período ocorreu em “agricultura” ao recuar 1,7%.

A População Economicamente Ativa (PEA) variou 0,2% na base trimestral e ampliou-se em 1,5% com relação ao mesmo período de 2018.

No acumulado em 12 meses, o rendimento médio habitual cresceu 0,7%, interrompendo o processo de desaceleração iniciado no começo do ano.

Apesar da queda trimestral na taxa de desemprego, os últimos resultados da PNAD refletem um movimento bastante tímido de recuperação do emprego e da renda em 2019. Além disto, nota-se crescimento mais expressivo da ocupação entre empregados sem carteira e por conta própria, o que tende a limitar o crescimento do crédito e do consumo.

Neste sentido, dado o desempenho da atividade econômica até o momento, somado a um cenário de pouco otimismo na confiança e nas expectativas, espera-se que os números do mercado de trabalho sigam em uma trajetória de recuperação tímida e gradual ao longo do segundo semestre.