Dados divulgados hoje pelo IBGE revelam que a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) avançou 7% em maio, na comparação mensal ajustada sazonalmente, já influenciadas pela retomada, mesmo que parcial, após as medidas restritivas do coronavírus.

Já referente ao acumulado dos últimos doze meses, a atividade industrial recuou 5,4%. No acumulado de 2020, o setor também registrou queda de 11,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a análise mensal dessazonalizada, a indústria de transformação apontou avanço de 12,1% e a Extrativa Mineral recuou 5,6% em comparação com abril.

Dentre os ramos industriais houve avanço da atividade em 20 dos 26 pesquisados, sendo que as principais influências positivas ocorreram em: veículos automotores, reboques e carrocerias (244,4%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (16,2%); e bebidas (65,6%). Por outro lado, os resultados negativos ocorreram em indústrias extrativas (-5,6%), celulose, papel e produtos de papel (-6,4%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-6,0%).

Dentre as grandes categorias, em maio, todas elas apresentaram avanço no mês. O grupo de Bens de Consumo subiu 14,5%, Bens Duráveis (92,5%) e Semi e Não-duráveis (8,4%). Os grupos de Bens Intermediários e de Bens de Capital aumentaram 5,2% e 28,7%, respectivamente.

O desempenho da indústria em maio já aponta a retomada das unidades industriais que estavam paralisadas, mesmo que parcial em alguns setores e regiões, devido as medidas restritivas decorrentes do coronavírus, estas que fecharam diversos estabelecimentos com o objetivo de conter a transmissão do vírus. A recuperação do setor nos próximos meses já está tomando novas formas com a reabertura gradual em diversas regiões do Brasil, entretanto ainda está condicionada a retração da pandemia em geral. Segundo as projeções reunidas no relatório Focus, na primeira semana de março, esperava-se que a produção industrial apontasse crescimento de 2,4% para 2020, atualmente a projeção de crescimento já aponta retração de 6% para o ano.