Dados divulgados hoje pelo IBGE revelam que a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) avançou 8% em julho, na comparação mensal ajustada sazonalmente, influenciada pela retomada econômica após uma maior flexibilização das medidas restritivas do coronavírus. Com mais este avanço em julho, já foi recuperado 77,7% da perda acumulada no bimestre março-abril.

Já referente ao acumulado dos últimos doze meses, a atividade industrial recuou 5,7%. No acumulado de 2020, o setor também registrou queda de 9,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a análise mensal dessazonalizada, a Indústria de Transformação apontou avanço de 8,6% e a Extrativa Mineral de 6,7% em comparação com junho.

Dentre os ramos industriais houve avanço da atividade em 25 dos 26 pesquisados, sendo que as principais influências positivas ocorreram em: veículos automotores, reboques e carrocerias (43,9%), Metalurgia (18,7%), de Indústrias extrativas (6,7%) e Vestuários e acessórios (29,7%). Por outro lado, o único resultado negativo ocorreu em Impressão e reprodução de gravações (-40,6%).

Dentre as grandes categorias, em julho, todas apresentaram avanço no mês. O grupo de Bens de Consumo subiu 9,3%, sendo que os Bens Duráveis (42%) e Semi e Não-duráveis (4,7%). Os grupos de Bens Intermediários e de Bens de Capital aumentaram 8,4% e 15%, respectivamente.

O desempenho da indústria em julho reforça a retomada das unidades industriais que estavam paralisadas, mesmo que parcial em alguns setores e regiões, devido as medidas restritivas decorrentes do coronavírus, estas que fecharam diversos estabelecimentos com o objetivo de conter a transmissão do vírus. A recuperação do setor já está tomando novas formas com a reabertura mais intensa em diversas regiões do Brasil, entretanto ainda está condicionada a retração da pandemia em geral. Segundo as projeções reunidas no relatório Focus, na primeira semana de março, esperava-se que a produção industrial apontasse crescimento de 2,4% para 2020, atualmente a projeção de crescimento já aponta retração de 7,35% para o ano.