Dados divulgados hoje pelo IBGE revelam que a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) variou 0,2% na comparação mensal ajustada sazonalmente.

Em 2018 a atividade industrial cresceu 1,1%.  Na comparação com dezembro de 2017, a atividade recuou 3,6%. Referente ao acumulado dos últimos doze meses, o indicador cresceu, mas com ritmo abaixo do observado em 2017 (2,5%).

Segundo a análise mensal dessazonalizada, a indústria de transformação recuou 0,4% em comparação com novembro. Dentre os ramos industriais houve avanço da atividade em 11 dos 26 pesquisados, sendo os principais destaques positivos: produtos alimentícios (1,5%), indústrias extrativas (1,3%), produtos diversos (6,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,6%). Os resultados negativos mais relevantes para a média global de dezembro ocorreram em veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,1%), máquinas e equipamentos (-2,5%), produtos do fumo (-11,6%), manutenção de máquinas e equipamentos (-6,2%) e móveis (-4,7%).

Em 2018 a indústria registrou avanço em 13 dos 26 ramos pesquisados, sendo principal destaque do ano o crescimento em veículos automotores, reboques e carrocerias (12,6%), seguido da evolução em metalurgia (4,0%), celulose, papel e produtos de papel (4,9%) e farmoquímicos e farmacêuticos (6,1%). Por outro lado, as quedas mais influentes ao índice geral do ano ocorreram em produtos alimentícios (-5,1%), vestuário e acessórios (-3,3%) e couro, artigos para viagem e calçados (-2,3%).

Dentre as grandes categorias, em dezembro houve queda nos grupos Bens de Capital (-5,7%) e Bens de Consumo (-0,6%). Por outro lado, o grupo Bens Intermediários registrou crescimento de 0,7%. Já em 2018 foi registrado crescimento de 7,3% no grupo Bens de Capital, 0,4% em Bens Intermediários e 1,3% em Bens de Consumo.

O resultado no fechamento do ano revela a fragilidade do setor, que vem oscilando sem uma tendência clara sobre o ritmo da atividade industrial e termina 2018 com desempenho bem abaixo do esperado. Para 2019, espera-se que com as expectativas de melhora e a retomada da confiança o setor apresente uma tendência mais consistente de recuperação. Segundo as projeções reunidas no relatório Focus, pode-se esperar que a produção cresça em torno de 3,0% em 2019.