De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada hoje pelo IBGE, o volume de vendas no Varejo restrito ficou praticamente estável (0,1%) na comparação mensal com ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses, o indicador cresceu 1,4%. Na comparação interanual a variação foi de 1,3% e no acumulado do ano houve crescimento de 1,2%.

Avaliando os segmentos na variação mensal (com ajuste sazonal), quatro das oito atividades pesquisadas registraram alta em agosto. Os avanços mais expressivos ocorreram em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,8%). Por outro lado, os segmentos que apresentaram queda no mês foram os de Combustíveis e lubrificantes (-3,3%), Tecidos, vestuário e calçados (-2,5%), Móveis e eletrodomésticos (-1,5%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,3%).

O Comércio Varejista Ampliado passou de 4,1% em julho para 3,7% em agosto na variação em 12 meses. Já na comparação mensal (dados dessazonalizados), o indicador ficou estável (0,0%).

O desempenho das vendas do varejo soma o quarto resultado mensal positivo consecutivo, mas não é suficiente para conter a desaceleração da atividade em 12 meses observada em agosto. Apesar do resultado, a queda em alguns segmentos indica que o setor segue com dificuldades em estabelecer um ritmo claro de recuperação, todavia o comércio varejista ainda pode contar com um fôlego adicional devido a liberação dos recursos de contas ativas e inativas do FGTS em setembro.

Nota-se que a aceleração das concessões observada a partir de maio deste ano e a melhora na avaliação sobre a situação econômica atual podem ter contribuído para o desempenho das vendas no mês. No entanto, dado o mercado de trabalho ainda bastante fragilizado e o fraco crescimento da renda, espera-se que o setor siga com seu ritmo de crescimento gradual ao longo do ano.