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  • Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE divulgada hoje, o volume do setor de serviços avançou 2,9% na comparação com o mês anterior (dados dessazonalizados). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o indicador contraiu 10%. Com isto, o setor acumula baixa de 5,3% na análise em 12 meses e 9% no acumulado do ano.
  • Nos resultados mensais com ajuste sazonal, registraram alta quatro das cinco atividades analisadas. As que apresentaram destaque neste período foram o de Serviços prestados às famílias (33,3%) e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,9%)
  • Apresentou baixa, por outro lado, o segmento de Serviços de informação e comunicação que recuou 1,4% no período.
  • Em termos regionais, houve crescimento mensal em 21 das 27 unidades da federação. Entre os principais resultados positivos, destaque para São Paulo (2,5%), Rio de Janeiro (1,9%), Minas Gerais (5,8%) e Santa Catarina (3,4%). Por outro lado, os principais resultados negativos vieram do Mato Grosso (-2,7%) e Tocantins (-5,5%).
  • Por fim, foi observado queda da receita nominal de 3,7% nos últimos 12 meses. No mês de agosto, o indicador teve alta de 3,5%, de acordo com dados dessazonalizados.

Perspectivas:

  • O resultado de agosto do volume de serviços confirma a retomada, ainda que tímida, do setor, após significativas quedas nos meses de março a maio em função do impacto das medidas restritivas e de isolamento social decorrentes da pandemia do Covid-19. Ainda assim, como apresentado pela curva do índice em 12 meses acumulados, o caminho da recuperação ainda é longo.
  • A recuperação integral do segmento depende ainda da retomada completa da economia, do avanço do controle da pandemia e uma provável vacina. Importante mencionar que com o fim do auxílio emergencial, programado para o final de 2020, grande parcela da população voltará a sentir mais intensamente os efeitos da crise, podendo impactar significamente na economia.

 

As tabelas abaixo apresentam os principais números da PMS de agosto.