O Banco Central divulgou as Estatísticas monetárias e de crédito em relação ao mês de agosto. O estoque total de empréstimos e financiamentos do país cresceu 1,5% em relação a julho, avançando para a marca de R$ 4.335,4 bilhões. Na comparação com agosto do ano passado, o saldo apresentou crescimento de 15,9%.

Considerando a origem dos recursos, o saldo total de crédito livre avançou 1,6% na comparação mensal, influenciado positivamente pelo aumento para pessoas físicas (1,9%) e para pessoas jurídicas (1,4%), atingindo R$ 2.535,8 bilhões. Em relação a agosto de 2020, houve alta de 17,3%, com forte crescimento de 20,5% na carteira de crédito para pessoas físicas e de 13,7% na carteira para pessoas jurídicas.

Com relação às concessões, houve baixa de 2,1% contra julho (de acordo com dados dessazonalizados pelo próprio Banco Central) e crescimento de 12,7% em 12 meses.

Considerando o tipo de recurso utilizado pelas instituições para dar o crédito, as concessões com recursos livres PF avançaram 1,1% na base mensal e apontam crescimento de 14,1% em 12 meses, enquanto para PJ, as concessões livres avançaram 1,5% no mês e 6,8% em 12 meses. Assim, as concessões com recursos livres totalizaram crescimento de 0,4% no mês e de 10,5% na comparação acumulada.

Já as concessões com recursos direcionados registraram alta de 31,7% em 12 meses, mas caíram 30,5% na comparação mensal dessazonalizada, com destaque para as concessões PJ, que apontam alta de 19,1% no acumulado em 12 meses e queda de 51,3% no mês de agosto, de acordo com dados dessazonalizados.

A taxa de inadimplência (atrasos superiores a noventa dias) subiu para 2,32% em agosto, ficando praticamente estável em relação ao resultado do mês anterior (2,31%). O destaque ficou para a alta da inadimplência com recursos livres PF, avançando 0,05 p.p. para o nível de 4,15%. Por outro lado, a inadimplência com recursos livres PJ apresentou leve retração de 0,01 ponto percentual, ao nível de 1,62%.

A taxa média de juros total das operações de crédito do sistema apresentou elevação de 0,71 p.p., para 21,14%, influenciada pela alta de 0,98 p.p. da taxa média com recursos livres (29,85%), com alta de 0,75 p.p. para pessoas jurídicas (16,21%) e de 1,03 p.p. para pessoas físicas (40,85%). Já a taxa de juros das operações com recursos direcionados subiu 0,35 p.p., apontando uma taxa de 7,94% no mês.

Com relação aos spreads, considerando a totalidade de recursos, em agosto foi registrado um spread total de 14,51 p.p., sendo 21,65 p.p. nas operações livres e 3,69 p.p. nas operações com recursos direcionados.