Segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de abril foi de 0,14%, uma queda de 0,11 p.p. em relação ao mês anterior (leitura de 0,25%), abaixo da expectativa de mercado (0,16%). Considerando o acumulado em 12 meses, o indicador atingiu 4,08%, patamar abaixo dos 4,57% registrados em março de 2016.

Em relação a análise mensal dos grandes grupos que compõem o índice, Habitação registrou a maior queda (1,09%), refletindo a redução das contas de energia, uma vez que a Agência Nacional de energia Elétrica (Aneel) aplicou diversos descontos visando compensar a cobrança indevida de tarifas de 2016. Vale ressaltar também que houve a troca da bandeira amarela pela vermelha no começo de abril.

Os grupos Artigos de Residência e Transportes também recuaram no período, apresentando leituras negativas de 0,28% e 0,06%, respectivamente.

Por outro lado, os demais grupos aceleram no mês em questão. O destaque fica por conta de Saúde e Cuidados Pessoais, que liderou o aumento mensal (1,0%). Isso ocorreu por conta do aumento dos preços dos medicamentos. Os demais grupos que apresentaram aceleração foram: Alimentação e Bebidas (0,58%), Comunicação (0,55%), Vestuário (0,48%), Despesas Pessoais (0,09%) e Educação (0,03%).

Dessa forma, a leitura do IPCA apresentou resultado bem abaixo do ano anterior: em 2016, o resultado acumulado do ano até abril foi de 3,25%, ao passo que neste ano foi de 1,10%. Adicionalmente, ressalta-se ainda que a leitura do Acumulado em 12 meses ficou abaixo do centro da meta do Banco Central (4,5%) – o último registro de tal posição foi em agosto de 2010 (4,49%). Com isso, mantemos a expectativa mantemos a expectativa de mercado de fim de ano para a inflação, de 4,01%.