O Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA)[1] apontou aumento de 0,32% em fevereiro, sendo a menor para o mês desde 2000. No acumulado em 12 meses o avanço foi de 2,84%, ficando 0,02 p.p. abaixo do nível observado em janeiro.

 

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Em fevereiro os grupos de Alimentação e Vestuário caíram 0,33% e 0,38, respectivamente. Os demais grupos avançaram, especialmente Educação (3,89%) e Transportes (0,74%).

O impacto da alta do grupo de Educação teve contribuição de aproximadamente 59% no avanço no total da inflação, refletindo os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares (5,23%) foram responsáveis pelo principal impacto individual (0,16 p.p.).

O grupo Transportes impactou em positivamente em 0,13 p.p., tendo como principais contribuições os avanços em ônibus urbano (1,90%) e gasolina (0,85%). Já Alimentos foi o principal impacto negativo, contribuindo em -0,08 p.p. para o índice geral.

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Os dados de fevereiro apontam para um cenário de inflação controlada, mas com a recuperação da atividade econômica e os juros mais baixos, espera-se que a inflação acelere, ainda que permanecendo dentro da meta. Caso mantida essa tendência, as expectativas serão de que a inflação fique no patamar de 3,70% para 2018 e 4,24% para 2019. E as apostas para um corte na taxa Selic na próxima reunião do copom vão aumentando.

 

 

[1] O IPCA considera famílias com rendimentos de 01 a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.