O Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA)[1] apontou aumento de 0,09% em março, sendo a menor para o mês desde 1994. No acumulado em 12 meses o avanço foi de 2,68%, ficando 0,16 p.p. abaixo do nível observado em fevereiro.
Em março os grupos de Comunicação e Transporte caíram 0,33% e 0,25, respectivamente. Em comunicação, a queda foi motivada pela redução em tarifas de ligações locais e interurbanas, de fixo para móvel, em vigor desde 25 de fevereiro. Já a deflação em Transporte foi influenciada pela queda em passagens aéreas (-15,42%) e em combustíveis (-0,04%).
Os demais grupos avançaram, especialmente Saúde e Cuidados pessoais (0,48%) que apresentou a maior contribuição percentual sobre o índice geral (0,06 p.p.). Nesse grupo, plano de saúde apontou maior avanço, de 1,06%.
Já Alimentos passou de uma deflação de 0,33% em fevereiro para aumento de 0,07%, contribuindo com 0,02 p.p. sobre o índice do mês atual.
Os dados de março apontam para um cenário de inflação controlada, com o índice abaixo do limite inferior da meta nos últimos nove meses. A expectativa é de que com a recuperação da atividade econômica e os juros mais baixos, espera-se que a inflação se acelere. Caso mantida essa tendência, as expectativas serão de que a inflação fique no patamar de 3,53% para 2018 e 4,09% para 2019.
[1] O IPCA considera famílias com rendimentos de 01 a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.