O Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA) apontou queda de 0,21% em novembro. No acumulado em 12 meses houve avanço de 4,05%, ficando 0,51 p.p. abaixo do nível observado em outubro. No acumulado entre janeiro e novembro a inflação foi de 3,59%.
O grupo Transportes (-0,74%) apontou a maior variação negativa em novembro, seguido do grupo Habitação (-0,71%). Na base de comparação mensal, cinco dos nove grupos pesquisados apresentaram deflação no período.
Após ser o principal grupo responsável pela inflação de outubro, o recuo do grupo Transportes representou o menor impacto negativo para o índice no mês (-0,14 p.p.), puxado principalmente pela variação nos preços de combustíveis (-2,42%)
O recuou no grupo Habitação foi responsável pelo segundo principal impacto no índice geral (-0,11 p.p.). Sendo resultado da queda no item energia elétrica (-4,04%), por conta da mudança da bandeira tarifária (passando a vigorar a bandeira amarela) e do reajuste nas concessionárias de algumas regiões.
Por outro lado, houve avanço no grupo Alimentação e bebidas com impacto de 0,10 p.p. no mês, puxado pela evolução no preço dos alimentos para consumo no domicílio (0,34%). Apesar da alta, o grupo apresentou desaceleração em relação a outubro ao passar de 0,59% para 0,39%.
A deflação de novembro representa o menor resultado desde junho de 2017 e a menor taxa para novembro desde a implantação do plano real, influenciada sobretudo pela redução em habitação e transportes. Os resultados contribuíram para desacelerar a inflação acumulada em 12 meses e posicionar o índice em um nível abaixo do centro da meta.