Dados divulgados hoje pelo IBGE revelam que a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) registrou elevação de apenas 0,2% em fevereiro na comparação mensal ajustada sazonalmente. A variação foi menor do que a média esperada pelo mercado de 0,5%. O resultado vem após queda de 2,2% em janeiro. No acumulado em 12 meses, no entanto, a atividade industrial cresceu 3,0%. Na comparação com fev/17 houve crescimento de 2,8%.
Segundo a análise mensal dessazonalizada, a indústria de transformação permaneceu estagnada em fevereiro e a extrativa apresentou queda de 5,2%. Dentre os subsetores industriais houve crescimento em 14 deles, sendo os maiores destaques: limpeza, comésticos, perfumaria e higiene pessoal (4,4%), couro, artigos para viagem e calçados (4,1%), outros equipamentos de transporte exceto automotores (3,9%). Observou-se queda mais pronunciada nas atividades de farmoquímicos e farmacêuticos (-8,1%), fumo (-5,3%), produtos têxteis (-4,4%) e máquinas e equipamentos (-2,7%).
Dentre as grandes categorias, apenas a de bens de consumo apontou elevação na comparação mensal (0,6%), em função da evolução positiva dos bens duráveis (1,7%). A produção de bens de capital demonstrou estagnação, ao passo que a de bens intermediários assinalou queda (-0,7%).
Embora a trajetória acumulada em 12 meses da indústria geral aponte crescimento, os dados mensais de 2018 mostram fragilidade na recuperação da produção industrial, especialmente em função da evolução negativa da produção de bens intermediários e de capitais. Considerando as últimas divulgações dos indicadores de confiança, de atividade econômica e do mercado de trabalho, mantém-se perspectiva favorável para atividade industrial nos próximos meses, porém de forma mais lenta. Caso mantida tais tendências, os dados deverão seguir em tendência de alta, com expectativas de crescimento de 3,9% para 2018 e 3,5% em 2019.