De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego em novembro registrou 7,5%, menor em 0,4 p.p. com relação a outubro, mas mantém a maior taxa para o mês desde 2008, superando em 2,7 p.p. o número divulgado para o mesmo período em 2014. Já em termos dessazonalizados, o desemprego subiu: passou de 7,9% registrados em outubro para atuais 8,2%.
Para as regiões metropolitanas ficou a seguinte configuração: Belo Horizonte (6,1%), São Paulo (7,4%) e Porto Alegre (6,7%), Recife (10,8%) e Salvador (12,3%).
Com relação aos rendimentos reais, o valor médio habitual real foi de R$ 2.177,20, caindo 3,1% na variação acumulada em 12 meses. Na variação interanual a retração foi de 8,8%.
A pequena recuperação mensal da desocupação ainda mostra-se bastante tímida comparada à grande deterioração do mercado de trabalho sofrida ao longo de 2015. De fato, a análise com ajuste sazonal mostra continuidade da elevação do desemprego, movimento condizente com a grande deterioração do rendimento real: a variação acumulada em 12 meses mostrou queda de 1 p.p. nos dados de novembro quando comparado ao mês anterior.
Tais informações deverão ser acompanhadas com cautela durante as próximas aferições, uma vez que os dados do mercado de trabalho podem fornecer um melhor diagnóstico sobre a atual recessão econômica. Não havendo ainda perspectivas de recuperação econômica no curto prazo, esperamos que o desemprego calculado pela PME atinja uma média de 6,9% para este ano e 8,0% para o próximo ano. O rendimento real, por sua vez, deverá encerrar este ano em torno de -3,5% (na variação acumulada em 12 meses) e em 3,0% para 2016, mantida base de comparação.