De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, a taxa de desemprego se manteve em 11,8% no trimestre móvel encerrado em agosto. O resultado ficou igual ao de julho e 0,3 p.p. abaixo do mesmo período de 2018.
Em termos absolutos, a população desocupada totalizou 12,6 milhões, ficando estável (0,0%) em relação ao mês anterior e caindo 0,8% na comparação interanual.
A população ocupada (PO), por sua vez, também ficou praticamente estável (0,1%) no mês, aumentando 2% em relação ao mesmo período do ano passado. Destacou-se em agosto o aumento nas posições de “empregado no setor privado sem carteira”, com alta de 1,2%, o avanço em “conta própria”, com alta de 0,3% e a queda em “empregado no setor privado com carteira”, com redução de 0,3%.
Ainda na comparação mensal, os principais aumentos ocorreram em ocupações nos setores de Construção (1,4%) e Indústria (0,7%). Por outro lado, a queda mais expressiva do mês ocorreu em “agricultura” ao recuar 0,7%.
A População Economicamente Ativa (PEA) se manteve estável (0,0%) na base mensal e ampliou-se em 1,7% com relação ao mesmo período de 2018.
No acumulado em 12 meses, o rendimento médio habitual cresceu 0,6%, dando continuidade ao processo de desaceleração iniciado no começo do ano.
Com a estabilidade na taxa de desemprego, os últimos resultados da PNAD refletem um movimento bastante tímido de recuperação do emprego e da renda em 2019. Além disto, nota-se crescimento mais expressivo da ocupação entre empregados sem carteira e por conta própria, o que tende a limitar o crescimento do crédito e do consumo.
Neste sentido, dado o desempenho da atividade econômica até o momento, somado a um cenário de pouco otimismo na confiança e nas expectativas, espera-se que os números do mercado de trabalho sigam em uma trajetória de recuperação tímida e gradual ao longo do segundo semestre.