Os dados do PIB do 4º trimestre, divulgados hoje pelo IBGE, reforçaram o cenário de lenta recuperação da atividade econômica.
Ao longo de 2018, o produto cresceu 1,1%, sendo o segundo ano consecutivo de desempenho positivo. Na comparação entre o 4° e 3° trimestre, o indicador ficou praticamente estável (0,1%), de acordo com dados dessazonalizados.
Analisando os números pela ótica da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo (Investimentos) subiu 4,1%, após quatro anos de queda. O Consumo das Famílias cresceu 1,9%, enquanto o Consumo do Governo ficou estável.
Com relação as Exportações, houve evolução de 4,1% no ano e 3,6% no quarto trimestre (dados dessazonalizados). As Importações cresceram em um ritmo maior em 2018 (8,5%), mas registraram queda na comparação entre o 4° e 3° trimestre (-6,6%).
Pela Ótica da Oferta (Gráfico 2), a Agropecuária, uma das principais alavancas do crescimento econômico de 2017, não mostrou evolução substancial em 2018 (0,1%). O setor de serviços teve alta de 1,3%, destacando-se o desempenho do Comércio, que evoluiu 2,3% no ano.
A Indústria, por sua vez, cresceu 0,6% em 2018, sendo o primeiro resultado positivo desde 2013. No 4° trimestre, o setor registrou queda de 0,3% contra o trimestre imediatamente anterior, de acordo com os dados dessazonalizados.
Ao final de 2018 foi observada uma melhora na confiança tanto dos consumidores quanto das empresas, associada ao fim das incertezas eleitorais, mas tal movimento não mostrou reflexos expressivos na atividade econômica, que fechou o ano com desempenho abaixo das expectativas. Entende-se que o alto nível de desemprego e o fraco crescimento dos rendimentos ainda limitam a capacidade consumo das famílias, de forma que o cenário de recuperação gradual da economia nos próximos trimestres segue como o mais provável.
A seguir, a tabela com resumo dos números do PIB do 4º trimestre.