De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio divulgada pelo IBGE, o volume de vendas no Varejo Restrito caiu 1,5% em janeiro, na análise mensal dos dados dessazonalizados. Com isso, o resultado amplia a queda no acumulado em 12 meses, cuja retração atinge 5,2%, na comparação contra o mesmo período do ano passado.
Na análise mensal com ajuste sazonal, apenas dois setores apresentaram variação positiva: Livros, jornais revistas e papelaria e Artigos farmacêuticos, com elevações de 1,6% e 0,1%, respectivamente. Para os outros setores ficou a seguinte configuração: Móveis e Eletrodomésticos (-4,3%), Combustíveis e lubrificantes (-3,1%), Outros (-1,8%), Hipermercados e supermercados (-0,9%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,5%) e Materiais para escritório (-0,1%).
Mantida a base de comparação, no resultado do as categorias Material de Construção e Veículos e motos, partes e peças também retraíram em janeiro, com quedas de 6,6% e 0,4%. Ambas agregam o resultado do Varejo Ampliado, que totalizou queda de 1,6% na análise mensal.
O mercado de trabalho desaquecido, a baixa confiança, o aumento dos juros e da inflação refletem na fraca atividade do varejo, que segue em linha com o indicador antecedente do Movimento do Comércio da Boa Vista SCPC, que já vem demonstrando a deterioração do comércio desde meados de 2014. A piora do comércio já era esperada e uma possível melhora deverá ocorrer apenas em 2017, uma vez que o cenário base para 2016 permanece ainda bastante pessimista. Por ora, nossa projeção para 2016 é de retração de 3,5% nas vendas varejistas restritas e queda de 8,5% para o conceito ampliado.
Segue o gráfico com a evolução das séries dessazonalizadas da PMC Restrita e do indicador de Movimento do Comércio.