Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE divulgada hoje, o volume do setor de serviços recuou 0,2% na comparação com o mês anterior (dados dessazonalizados). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o indicador caiu 1,4%. Com isto, o setor acumula alta de 0,5% no ano, contra o mesmo período do ano passado, e de 0,6% em 12 meses.
Nos resultados mensais com ajuste sazonal, registraram queda as atividades de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,9%), outros serviços (-2,7%) e de serviços prestados às famílias (-1,7%).
Apresentaram alta, por outro lado, os segmentos de serviços de informação e comunicação (0,4%) e os profissionais, administrativos e complementares (0,5%).
Em termos regionais, houve queda mensal em 19 das 27 unidades da federação. Entre os principais resultados negativos, destaque para São Paulo (-1,0%), Rio de Janeiro (-0,9%) e Distrito Federal (-3,3%). Por outro lado, os principais resultados positivos vieram de Espírito Santo (2,8%) e da Bahia (1,3%).
Por fim, foi observado crescimento da receita nominal de 3,9% nos últimos 12 meses. No mês de agosto, portanto, o indicador teve leve queda de 0,1%, de acordo com dados dessazonalizados.
Assim como aconteceu com o varejo, o resultado de agosto do volume de serviços também ficou um pouco aquém do esperado, contribuindo para desacelerar a recuperação do setor observada a partir da análise em 12 meses. Tal desempenho, no entanto, pode ter sido influenciado pelo fraco crescimento da renda, pela alta no endividamento e a situação do mercado de trabalho no país, que representam obstáculos ao consumo e a uma retomada mais robusta dos serviços para o resto do ano.