O número de pedidos de falências caiu 18,5% na média móvel trimestral finda em outubro na comparação com o mês de setembro, segundo dados da Boa Vista, empresa de inteligência analítica. Mantida a base de comparação, os pedidos de recuperação judicial registraram leve queda de 0,4%.

Na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, os números ainda refletem a comparação com uma base elevada, mas começam a dar sinais de acomodação. A queda nos pedidos de falências passou de -19,0% para -20,4%, enquanto os pedidos de recuperação judicial apontam queda de 27,1%, ante 25,2% na aferição anterior.

Mais uma vez, isso não significa que o cenário econômico atual seja melhor; pelo contrário, ele é ainda menos amistoso, tanto às empresas quanto aos consumidores. De um lado, a taxa básica de juros está num ciclo de alta e deve chegar a um patamar mais restritivo ainda este ano. De outro, a inflação segue elevada, pressionada interna e externamente, e ao que parece será, mais uma vez, um obstáculo no ano que vem. Por fim, as projeções de crescimento estão “esfriando”, de modo que o próximo ano tende a ser bem desafiador para as empresas.

Metodologia

O indicador de falências e recuperações judiciais passou a ser construído com base na média móvel de 3 (três) meses da apuração dos dados mensais registrados na base do SCPC, oriundos dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados.