Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores

O Brasil foi o país que recebeu o terceiro maior volume de investimentos estrangeiros diretos (IED) entre as economias emergentes em 2012. Com US$65 bilhões, 5% do total, ficou atrás da China (US$120 bilhões) e Hong Kong (US$72 bilhões). Os BRICs receberam, em conjunto, US$263 bilhões (20% do fluxo total), sendo que a China recebeu 46% desse volume seguida pelo Brasil (25%), Rússia (17%) e Índia (10%). Em uma década, o Brasil subiu 11 degraus no ranking dos destinos globais de IED. Em 2003 era o 15º da lista, com 1,7% do total dos fluxos, alcançando em 2012 o quarto lugar, com 5%.

Estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transacionais (Sobeet), o perfil do investimento externo (IEB) mudou nos últimos cinco anos. Houve crescimento na proporção relativa ao setor de petróleo e recuo no setor de serviços, que ainda lidera a preferência do capital externo. Embora o Brasil tenha conseguido uma fatia importante do IED, a tributação, o ambiente regulatório, a burocracia e a infraestrutura dificultarão a continuidade desse fluxo. Para este ano, o próprio Banco Central admite que o volume de IED não será suficiente para cobrir o saldo negativo das transações correntes.

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