Em caso de queda na renda, 57% dos consumidores brasileiros deixariam para depois o pagamento de financiamentos e de despesas diversas, assumidos por meio de boletos e carnês. A conclusão é de pesquisa da Boa Vista, empresa que aplica inteligência analítica na transformação de informações para a tomada de decisões em concessão de crédito e negócios em geral, que ouviu mais de 1400 consumidores ao longo de todo o segundo semestre de 2020.

Em segundo lugar, ainda de acordo com a pesquisa da Boa Vista, os consumidores deixariam de pagar a fatura do cartão de crédito (32%), e em último lugar, empréstimos e cheque especial (11%).

Considerando apenas os consumidores inadimplentes, 51% disseram que deixariam de pagar as contas originadas por boletos, carnês e demais despesas diversas, caso sofram uma queda na renda; seguidos do pagamento do cartão de crédito (38%), e empréstimos e cheque-especial (11%).

Levando em conta somente os consumidores adimplentes, ou seja, que não possuem dívidas em atraso, 61% informaram que atrasariam primeiro os boletos, carnês e despesas diversas, 28% o cartão de crédito e apenas 11% deixariam de pagar contas de empréstimos e cheque-especial.

Por quê?

Dentre os consumidores em geral que deixariam de pagar boletos, carnês e contas diversas, 54% o fariam pela possibilidade de negociar a dívida no futuro, e 46% porque acreditam que há outras contas mais importantes.

Entre quem não pagaria o cartão de crédito, 64% por priorizarem outras contas e 36% porque podem negociar depois. Entre quem deixaria de pagar empréstimos e cheque-especial, os números se repetem: 36% porque podem negociar a dívida posteriormente e 64% priorizariam o pagamento de outras contas.

Contratação de empréstimo

Questionados sobre o que levariam em conta na hipótese de contratação de empréstimo para a quitação de uma dívida, 52% dos consumidores em geral apontaram a taxa de juros, 42% o valor das parcelas e 6% o prazo de pagamento.

Considerando apenas os consumidores adimplentes, 64% levariam em conta a taxa de juros, enquanto 31% apontaram o valor das parcelas e 5% o prazo de pagamento.

Já entre os consumidores inadimplentes, 59% levariam em conta o valor das parcelas, 33% a taxa de juros e 8% o prazo de pagamento.

Metodologia

Cerca de 1.400 pessoas, em todo o Brasil, responderam à pesquisa Perfil do Consumidor, da Boa Vista, por meio de questionário eletrônico, ao longo do 2º semestre de 2020. Os resultados consideram 2% de margem de erro e 95% de grau de confiança.