De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego encerrou 2015 em 6,9%, a maior para o mês desde 2007, quando registrou 7,4%. Já em termos dessazonalizados, o desemprego manteve-se no mesmo patamar de novembro, em 8,2%. Com isso, a média anual para o indicador foi de 6,8%.

Para as regiões metropolitanas ficou a seguinte configuração: Belo Horizonte (5,9%), São Paulo (7,0%), Porto Alegre (5,9%), Recife (10,0%) e Salvador (11,9%).

Com relação aos rendimentos reais, o valor médio habitual real foi de R$ 2.235,50, caindo 3,1% na variação acumulada em 12 meses. Na variação interanual, dezembro registrou retração de 5,8%.

A pequena recuperação mensal da desocupação em dezembro foi ocasionada preponderantemente pela sazonalidade do indicador. De fato, a análise com ajuste sazonal mostra continuidade manutenção de um alto nível de desemprego, movimento condizente com a grande deterioração do rendimento real sofrida ao longo do ano – em 2014, a média acumulada no ano para os rendimentos foi positiva, em 2,7%, uma diferença em termos percentuais de 6,1 p.p para o resultado consolidado de 2015.

Tais informações deverão ser acompanhadas com cautela durante as próximas aferições, uma vez que os dados do mercado de trabalho podem fornecer um melhor diagnóstico sobre a atual recessão econômica. Não havendo ainda perspectivas de recuperação econômica no curto prazo, esperamos que o desemprego deteriore-se um pouco mais neste ano, enquanto o rendimento real deverá manter-se ainda em território negativo.

pmedez15