Por Fabio Silveira, da RC Consultores

A inadimplência do consumidor brasileiro tem permanecido relativamente estabilizada em patamar alto durante alguns meses, aumentando o risco de haver alguma fragilização de cadeias produtivas, sobretudo de bens de consumo. Este movimento, todavia, pode ser revertido.

Para tanto, é fundamental que instituições financeiras e congêneres continuem investindo, expandindo e sofisticando tecnicamente suas áreas de análise de crédito, com o objetivo de conhecer melhor o perfil daqueles para quem elas emprestam. O momento para isso segue propício, já que o mais importante, a massa real de rendimento, ainda evolui positivamente (ao contrário do observado nos surtos de inadimplência das décadas de 90 e 2000). O prosseguimento da política de redução de juros seria bem-vindo, pois contribuiria para o barateamento do custo de rolagem das dívidas dos consumidores inadimplentes, que deve se intensificar nos próximos meses.

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