Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores

O Índice de Confiança do Consumidor da Fundação Getúlio Vargas recuou 4,3% em agosto em relação ao mês anterior. É o menor nível desde abril de 2009. O Índice da Situação Atual se deteriorou, com queda de 5,1%. Já com relação à expectativa para os próximos meses, os consumidores também estão pessimistas. O indicador que mede o grau de otimismo com a economia caiu 3,9%. A Sondagem do Consumidor revela que a proporção dos consumidores que consideram boa a situação atual é de 12,5% em agosto, enquanto 47,1% a consideram ruim. Esta é uma pesquisa mensal que procura captar o sentimento do consumidor em relação ao estado geral da economia e de suas finanças pessoais.

A confiança do consumidor decepcionou aqueles que esperavam uma reversão da tendência de queda iniciada em 2012. A análise desfavorável sobre o ritmo atual de abertura de vagas de emprego influenciou negativamente a percepção sobre a economia como um todo. O receio de perda de emprego afeta tanto a propensão para consumir quanto a disposição para assumir dívidas de longo prazo, como, por exemplo, aquisição de veículos e casa própria. Não por acaso as vendas no varejo vêm desacelerando desde o início do ano, em especial as vendas de veículos, eletrodomésticos, vestuário e materiais de construção. O mercado imobiliário também tem repercutido negativamente esse sentimento dos consumidores.