De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio divulgada pelo IBGE, após 8 meses em queda, o volume de vendas no Varejo Restrito aumentou 0,6% em outubro, na análise mensal dos dados dessazonalizados. Para o acumulado de 2015 a retração é de 3,6%, contra o mesmo período do ano passado. Na análise do acumulado em 12 meses o varejo restrito acelerou a queda, passando de -2,1% para -2,7%.

Dentre as oito categorias, ainda na análise do acumulado em 12 meses, apenas três alcançaram variação positiva e o destaque ficou mais uma vez com: Artigos farmacêuticos, que registrou alta de 3,8%. Os demais segmentos ficaram configurados da seguinte maneira: Outros (2,1%), Materiais para escritório (1,8%), Hipermercados e supermercados (-1,9%), Combustíveis e lubrificantes (-4,1%), Tecidos, vestuário e calçados (-6,0%), Livros, jornais revistas e papelaria (-9,2%) e Móveis e Eletrodomésticos (-10,8%).

As categorias Veículos e motos, partes e peças e Material de Construção continuam em forte retração, (-15,4%) e (-6,3%), respectivamente. Ambas agregam o resultado do Varejo Ampliado, que totalizou uma queda de 6,8% na variação acumulada em 12 meses.

O mercado de trabalho desaquecido, a baixa confiança, o aumento dos juros e da inflação refletem na fraca atividade do varejo, que segue em linha com o indicador Movimento do Comércio da Boa Vista SCPC, que já vem demonstrando a deterioração do comércio desde meados de 2014. A piora do comércio já era esperada e uma possível melhora deverá ocorrer apenas em 2016 devido ao efeito base. Por ora, nossa projeção para 2015 é de retração de 3,5% nas vendas varejistas restritas e queda de 8,0% para o conceito ampliado. Em seguida segue o gráfico com a evolução das séries dessazonalizadas da PMC Restrita e do indicador de Movimento do Comércio.

pmc out15