O Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA) apontou aumento de 0,33% em julho. No acumulado em 12 meses o avanço foi de 4,48%, ficando 0,09 p.p. acima do nível observado em junho.  No acumulado entre janeiro e julho a inflação foi de 2,94%.

O grupo Vestuário apontou a maior deflação no mês de julho (-0,6%). Os grupos de Alimentação e bebidas (-0,12%) e Educação (-0,08%) também recuaram no período, já os demais avançaram.

O grupo Habitação registrou a principal alta mensal (1,54%), sendo responsável por 0,24 p.p. do aumento do índice geral. A elevação do subgrupo energia elétrica (5,33%) foi o que apresentou maior impacto no índice de julho (0,20 p.p.), com manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 2 e reajustes em algumas regiões.

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O grupo Alimentação e Bebidas, que apresentou maior impacto no índice geral do mês passado (0,50 p.p.), em julho apresentou deflação de -0,12%, refletindo o aumento da oferta de itens alimentícios e realinhamento dos preços, após os aumentos ocorridos durante a paralisação dos caminhoneiros.

Para Transportes o índice avançou 0,49%, registrando desaceleração em relação a junho por conta da redução nos preços dos combustíveis (-1,80%).

A inflação de julho apontou desaceleração após o expressivo aumento no mês anterior, que foi fortemente influenciado pelos choques nos preços durante a greve dos caminhoneiros. A inversão de rumo nos grupos Alimentação e Vestuário, assim como o menor impacto de Transportes, contribuíram para a menor inflação no mês, posicionando o indicador a um nível próximo ao centro da meta.