De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), o desemprego recuou para 12,4% no trimestre móvel encerrado em setembro de 2017. O resultado ficou 0,6 p.p acima do registrado no mesmo período em 2016 (11,8%), porém recuou 0,6 p.p. ante o trimestre encerrado em junho, que registrou 13,0%.

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Em termos absolutos, a população desocupada totalizou 13,0 milhões no trimestre encerrado em set/16, uma queda de 3,9% em relação ao trimestre encerrado em junho (13,5 milhões de desempregados). A variação da taxa de desemprego pode ser relacionada com a melhora da população ocupada (PO), já que este é o terceiro trimestre móvel consecutivo em que houve crescimento na comparação interanual. A população economicamente ativa (PEA) também seguiu essa tendência altista, apresentando um avanço de 2,4% na comparação interanual.

O rendimento habitual real, por sua vez, subiu 2,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. No acumulado 12 meses, o indicador passou de 1,5% em agosto para atuais 2,3%. Na mesma direção, a massa de rendimentos reais cresceu 3,9% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

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Em linhas gerais, a tendência de melhora da PO foi novamente confirmada, tendo como principal contribuição o trabalho sem carteira assinada, que cresceu 1,4% no trimestre móvel de setembro e 6,2% na comparação interanual. Outro destaque também ficou por conta do número de trabalhadores por conta própria, que avançou 4,8% ante ao mesmo período de 2016.

Já para os próximos meses a perspectiva continua sendo de recuperação gradual do mercado de trabalho. Um ponto de atenção é o fato do trabalho informal ainda ser predominante para a melhoria dos indicadores. Ainda assim, outros fundamentos econômicos seguem favoráveis ao mercado de trabalho para as próximas divulgações, como a recente melhora dos indicadores de confiança, aliados com a queda dos juros e inflação.

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