O Banco Central anunciou que planeja lançar em 2024 a moeda virtual brasileira: o real digital. O produto não é novidade pelo mundo, já que 80% dos Bancos Centrais no exterior estão desenvolvendo moedas digitais. 

Agora, será o fim do dinheiro em espécie? Será que eu posso trocar o real digital por cédulas? Nós reunimos neste artigo tudo que se sabe sobre a moeda virtual brasileira. Acompanhe. 

Você vai ler neste artigo: 

  • Antes de tudo, o que é uma moeda digital? 
  • Qual a diferença da moeda digital para o real em espécie? 
  • Só o Brasil que prevê uma moeda digital? 
  • Quais as vantagens da moeda virtual? 

Antes de tudo, o que é uma moeda digital? 

Uma moeda digital também é conhecida pela sigla CBDC (Central Bank Digital Currencies). Ela é emitida pelo Banco Central de cada país e funciona como a versão online da moeda de uma nação. Assim como o dinheiro em espécie, a moeda virtual serve para fazer compras, pagamentos, transferências e investimentos.  

A moeda digital é diferente de uma criptomoeda. Uma CBDC é emitida pelo Banco Central e distribuída pelo órgão e outras instituições financeiras e de pagamentos regulamentadas. O Bitcoin e outras criptomoedas são emitidas e distribuídas não por um governo ou banco central específico e não há um sistema de regulamentação. 

Apesar de que apenas 3% das transações financeiras no país sejam realizadas com dinheiro físico, o surgimento da moeda virtual não significa o fim do dinheiro em espécie. A alternativa é uma nova opção de fazer e realizar transferências que envolvem dinheiro. Afinal, R$ 9 trilhões são transferidos de forma digital atualmente. 

Qual a diferença da moeda digital para o real em espécie? 

O real digital é a primeira moeda virtual oficial do Brasil, produzida, regulada e distribuída pelo Banco Central. A moeda online seguirá as regras vigentes na política monetária brasileira e existirá apenas no ambiente virtual, não podendo ser convertida em cédulas. 

Com o futuro lançamento do real digital, o BC espera diminuir os custos de operações bancárias e da emissão de papel-moeda.  

Só o Brasil que prevê uma moeda digital? 

O Petro, moeda virtual da Venezuela, foi a primeira moeda digital de um país criada. Ela é respaldada pelas reservas de petróleo e foi desenvolvida para driblar os efeitos do bloqueio econômico que os Estados Unidos impuseram ao governo de Nicolás Maduro. 

Outros países já anunciaram que seus bancos centrais estão desenvolvendo moedas virtuais, como Estados Unidos, China, Índia, Rússia e Reino Unido. 

A China tem o projeto de moeda digital mais avançado. Por lá, US$ 14 bilhões já foram transacionados durante a fase de testes, que iniciou em 2020. 

O Banco Central da Rússia, por sua vez, divulgou a data para o lançamento da “rublo digital”, que deve começar a circular pelo país em 2023.   

Quais as vantagens da moeda virtual? 

O real digital permite a integração com os sistemas de pagamentos atuais. Assim, é possível fazer operações financeiras sem acesso à internet. Isso é possível porque a CBDC pode ser armazenada em uma carteira virtual - aplicativo disponível em smartphones. 

Além de reduzir a emissão de papel-moeda, a moeda virtual pode ser usada em outros países, através da conexão com outros bancos centrais no mundo. Outra aposta do BC para a criação do real digital é que a moeda virtual possa inibir a lavagem de dinheiro e estimular a concorrência no ambiente digital. 

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