Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 3,4% em relação a agosto, atingindo 87,9 pontos na série livre de influências sazonais. Já o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 0,1% e o de Expectativas (IE) 5,8% na mesma base de comparação. Em relação a setembro do ano passado, o ICS apresentou queda de 7%, o ISA de 14,6% e o IE avançou 0,2%.

A queda observada no Indicador de Confiança, durante os meses de março e abril, ocorreu devido as medidas restritivas impostas como resposta ao Covid-19. Durante este bimestre, o indicador caiu 43,3 pontos na série livre de influências sazonais, com os consecutivos avanços nos últimos meses, foi recuperado apenas 85% da queda observada no bimestre março-abril, movimento que ainda é positivo, mas em ritmo muito mais desacelerado ao comparar com as outras Sondagens.

Ao final de setembro, já é explicita a diferença da recuperação entre os setores (em termos de índices de confiança). A Sondagem da Indústria e a do Comércio já recuperaram toda a perda acumulada no bimestre março-abril, enquanto as do Consumidor e de Serviços permanecem na faixa de 85% de recuperação, apresentando pouca evolução nos últimos dois meses.

Apesar da confiança já entregar indícios de que o pior momento já passou, ainda deve-se ter precauções com os próximos passos, uma vez que as expectativas estão condicionadas a reação pós fim dos auxílios emergenciais, que foram postos em prática para combater os efeitos negativos em função da crise do coronavírus, as oscilações do mercado internacional, que sofrem com um receio de uma possível segunda onda da Covid-19 na Europa, e das reformas estruturais previstas para a economia brasileira.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou estável no mês, permanecendo em 81,8% em setembro (dados com ajuste sazonal), sinalizando que o movimento do setor, como um todo, ainda encontra dificuldades para subir, permanecendo distante da média histórica.