O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,07% no mês de março. No acumulado em 12 meses houve recuo para 3,3%, 0,7 p.p. abaixo da variação observada em fevereiro.  Com esse resultado, o indicador acumulou alta de 0,53% no ano.

O grupo Alimentação e bebidas (+0,22 p.p.) foi o que registrou maior impacto positivo sobre o índice geral no mês. Resultado do aumento do consumo da alimentação em domicílio, passando de 0,06% para 1,40% no mês, com destaque para cebola e cenoura que avançaram 20,31% e 20,39% respectivamente. Os grupos Educação e Habitação também tiveram destaque, apresentando alta de 0,59% e 0,13% respectivamente.

O aumento dos preços no grupo Educação deveu-se, principalmente, ao avanço de 0,74% com os cursos regulares, com impacto individual de 0,04 p.p. no IPCA do mês. Já o grupo Habitação foi afetado pela alta no preço do gás de botijão em 0,6% e da energia elétrica em (0,12%).

Por outro lado, o grupo Artigos de residência apontou a maior deflação do mês ao recuar 1,08%, mas a maior contribuição negativa veio de Transportes (-0,90%), com impacto de 0,18 p.p. sobre o índice geral.

O indicador continua a subir em março, no entanto apresentou o menor resultado desde o início do Plano Real em 1994, ficou 0,18p.p. abaixo do mês de fevereiro, este que apresentou o menor resultado desde 2000, quando comparados aos respectivos meses, contribuindo intensamente para desacelerar a inflação na análise em 12 meses e posiciona-lo 0,7 p.p. abaixo da meta. Com isto, a perspectiva é de que a inflação fique próximo ao intervalo mínimo da meta em 2020, encerrando o ano em torno de 2,7%, ainda sujeito a variações em função da pandemia de COVID-19.