O Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA) apontou aumento de 0,40% em maio. No acumulado em 12 meses o avanço foi de 2,86%, ficando 0,10 p.p. acima do nível observado em abril. No acumulado entre janeiro a maio a inflação foi de 1,33%, menor variação 1994 desde a implantação do Plano Real.
Apenas o grupo Artigos de residência apontou deflação no mês de maio (-0,06%), porém teve impacto praticamente nulo sobre o índice geral. Os demais grupos avançaram no período.
O grupo Habitação registrou a maior alta (0,83%), gerando a principal contribuição positiva sobre o índice geral, de 0,13 p.p. Nesse grupo, o principal impacto veio da elevação em energia elétrica (3,53%), dado que a bandeira tarifária amarela vigora desde o início de maio. Já Alimentos aumentou 0,32% em maio, com avanço tanto em alimentação no domicílio (0,36%) quanto em fora o domicilio (0,26%).
Os maiores impactos individuais no índice ocorreram no grupo Transportes (0,40%). A gasolina variou 3,34% no mês, com impacto de 0,15 p.p., enquanto passagens aéreas (-14,71%) tiveram impacto negativo de 0,05 p.p. sobre o índice de maio. Óleo diesel avançou 6,16%, enquanto o Etanol registrou queda de 2,73% no mês.
A alta da inflação em maio foi impulsionada pelos reajustes nos preços da gasolina, óleo diesel e energia elétrica. O impacto da greve dos caminhoneiros alcançou alguns preços, principalmente do grupo Alimentos. Ainda assim, o índice segue abaixo do limite inferior da meta de inflação pelo 11° mês consecutivo. A expectativa é de que com a recuperação da atividade econômica e juros mais baixos, a inflação deve acelerar, mas permanecendo dentro dos limites da meta do Banco Central. Caso mantida essa tendência, a inflação deve ficar próxima do patamar de 3,65% para 2018 e 4,01% para 2019.