De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE, o volume de vendas no Varejo restrito cresceu 1,0% em relação ao mês anterior nos dados dessazonalizados, enquanto na relação contra abril do ano anterior houve crescimento de 2,0%. Considerando a variação acumulada em 12 meses, a trajetória do indicador apresentou melhora em relação ao mês anterior (-5,2% em março vs. -4,6% em abril), mantendo, portanto, o ritmo de retomada gradual atividade varejista. Ademais, o mesmo pode ser observado no desempenho do varejo ampliado (que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção), que cresceu 0,7 p.p., atingindo -6,3% em abril.
Avaliando as séries com ajuste sazonal (variação mensal), as três principais quedas observadas foram nos seguintes setores: Livros, jornais revistas e papelaria (-4,1%); Móveis e eletrodomésticos (-2,8%) e materiais de construção (-1,9%). Já os melhores resultados foram apresentados pelos setores de Materiais para escritório e informática (10,2%) e Tecidos, vestuário e calçados (3,5%).
Até a aferição de abril, a retomada para o comércio vinha ocorrendo de forma lenta, em linha com outros indicadores de atividade econômica. Contudo, os últimos números mostraram uma evolução mais robusta para o setor varejista, coincidindo com a melhora marginal de indicadores de mercado de trabalho. Além disso, tal resultado também pode ser atribuído à mudança da política monetária ocorrida em outubro, uma vez que o tempo médio para repercussão da ampliação da base monetária (diminuição da Selic) na economia é de aproximadamente 6 meses.
Portanto, tendo em vista a continuidade desse cenário, para os próximos meses esperam-se maiores reduções dos resultados negativos, encerrando o ano em torno de 0,0% e 2,7% para 2018.