O Banco Central divulgou as Estatísticas monetárias e de crédito em relação ao mês de março. O estoque total de empréstimos e financiamentos do país avançou 2,9% em março na comparação com fevereiro, para R$ 3.587,4 bilhões. Na comparação com março do ano passado, o saldo apresentou crescimento de 9,6%.

Considerando a origem dos recursos, o saldo total de crédito livre avançou 4,4% na comparação mensal, puxado pelo aumento para pessoas jurídicas (9,9%), atingindo R$ 2.111,3 bilhões. Em relação a março de 2019, houve avanço de 18,4%, com expressivo crescimento de 21,7% na carteira de crédito para pessoas jurídicas e alta de 15,7% na carteira para pessoas físicas.

Com relação às concessões, houve avanço de 3,5% contra fevereiro (de acordo com dados dessazonalizados pelo próprio Banco Central), enquanto, em 12 meses, foi registrado crescimento de 15,1%. Considerando o tipo de recurso utilizado pelas instituições para dar o crédito, as concessões com recursos livres PF recuaram 12% na base mensal e avançaram 14,6% em 12 meses, enquanto para PJ, as concessões livres cresceram 33,5% no mês e 18,6% em 12 meses.

Dentro das concessões livres para pessoas jurídicas, vale destacar o aumento expressivo em capital de giro, a modalidade de crédito apresentou crescimento total de 86,6% na base mensal e de 39,3% em 12 meses.

Já as concessões com recursos direcionados registraram alta de de 1,9% em 12 meses e de 3,1% na comparação mensal, com destaque para as concessões PJ, que registraram aumento de 16,7% em relação a fevereiro.

A taxa de inadimplência (atrasos superiores a noventa dias) avançou para 3,17% em março, valor 0,14 ponto percentual (pp) acima do registrado em fevereiro. O destaque foi observado no aumento da inadimplência para pessoas físicas com recursos direcionados, subindo 0,48 p.p. para o nível de 2,4%. Nas operações com recursos livres, o indicador subiu para 3,85% (0,02 p.p.).

A taxa média de juros total das operações de crédito do sistema recuou 0,4 p.p. em março, para 22,65%, influenciada pela queda de 0,89 p.p. da taxa média das operações com recursos livres, com destaque para o recuo em pessoas físicas (-0,59 p.p.).

Com relação aos spreads, considerando a totalidade de recursos, em março foi registrado um spread total de 17,95 p.p., sendo 27,56 p.p. nas operações livres e 4,21 p.p. nas operações com recursos direcionados.