Segundo dados divulgados pelo Banco Central do Brasil, o estoque total de empréstimos e financiamentos do país permaneceu estável em R$ 3.047,5 trilhões em setembro na comparação com agosto. A leitura representa uma queda de -1,8% nos últimos 12 meses. Com isso, a relação crédito/PIB alcançou em 47,0% em setembro, queda de 0,1 p.p. em relação a agosto.

Considerando a origem dos recursos, o saldo total de crédito livre avançou 0,2% entre agosto e setembro, atingindo R$ 1.529 trilhões. Ademais, observa-se uma tendência de melhora, já que o ritmo de queda nos últimos 12 meses vem diminuindo. Os recursos direcionados, por sua vez, caíram 0,3% na variação mensal em setembro, atingindo patamar de R$ 1.517,6 trilhões no mês.

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Com relação às concessões, houve redução de 5,1% entre os meses de agosto e setembro, devido à retração nos empréstimos com recursos livres. No entanto, nos últimos 12 meses há evidente melhora do ritmo de concessão de crédito, principalmente para pessoa física. Considerando o tipo de recurso usado pelas instituições para dar o crédito, a concessão com recursos livres teve queda de -4,5%, enquanto nos recursos direcionados houve retração de -10,7% no mês de setembro.

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A taxa de inadimplência (atrasos superiores a noventa dias) atingiu 3,6% (queda de -0,1 p.p.). Para recursos livres a inadimplência caiu para 5,4%. Já os recursos direcionados apresentaram valores estáveis, a uma taxa de 1,8%.

A taxa média de juros total das operações de crédito do sistema financeiro caiu 1,4 p.p. no último mês, atingindo 27,0% em setembro. Já nos juros de recursos livres passaram de 45,6% para 43,3% nesta última aferição, enquanto para os recursos direcionados, houve queda de 0,7 p.p., ficando em 9,3%.

Com relação aos spreads, considerando a totalidade de recursos, foi registrado um total de 20,2 p.p., sendo 35,1 p.p. nas operações livres e 4,0 p.p. nas operações com recursos direcionados.

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