O Open Banking é um sistema de compartilhamento de dados financeiros, que garante mais liberdade e autonomia para o usuário, ao mesmo tempo em que dá às empresas mais segurança na tomada de decisões sobre concessão de crédito

A pesquisa sobre Open Banking, elaborada por nossa equipe da Boa Vista, quis identificar o nível de conhecimento espontâneo do consumidor brasileiro com relação ao tema e entender quais são os pontos fortes e fracos com relação ao serviço na percepção dos clientes.  

O levantamento ouviu 735 consumidores das principais regiões do Brasil e tem 95% de grau de confiança e margem de erro de 3,5 pontos percentuais, para mais ou para menos. A seguir, apresentamos os principais insights da pesquisa. 

O consumidor brasileiro sabe o que é Open Banking?  

O Open Banking foi regulamentado em 2019 e totalmente implementado em maio deste ano. Apesar disso, metade dos consumidores tem pouco ou quase nenhum conhecimento sobre o sistema de compartilhamento de dados financeiros.  

Na pesquisa que realizamos, apenas 29% dos consumidores indicaram já ter ouvido falar e ter algum conhecimento sobre o que é Open Banking, enquanto que apenas 21% consideraram conhecer o tema suficientemente. 

Dos entrevistados, 26% conseguem associar a palavra Open Banking ao ato de compartilhar dados financeiros e 13% acham que o conceito se refere ao relacionamento entre cliente e instituições financeiras. 

Quais as percepções de vantagens e benefícios? 

Todos os consumidores ouvidos pela nossa equipe receberam uma explicação do conceito Open Banking. Dos respondentes, 70% falaram sobre as vantagens que observaram no novo sistema de compartilhamento de dados.  

A opção de conseguir crédito com condições mais facilitadas e juros menores foi o que mais atraiu os consumidores, 21% mencionou que o relacionamento com instituições financeiras seria facilitado com o Open Banking.  

Já 14% dos respondentes consideram que a liberdade de escolha para o compartilhamento de dados quanto a oferta de produtos e serviços financeiros personalizados são outras duas vantagens. Ainda, 12% não souberam explicar o que mais gostaram, e 18% ficaram incomodados frente a uma insegurança sobre o tema. 

O compartilhamento de dados financeiros pelo Open Banking só vai acontecer com o consentimento dos usuários, ou seja, os bancos e fintechs podem dividir os dados apenas se o usuário autorizar e solicitar através do aplicativo do banco que ele é cliente. Com isso, nosso estudo também questionou em quais situações o entrevistado autorizaria o compartilhamento das suas informações. 

Quase a metade dos consumidores, 48%, afirmou que cederia seus dados caso consigam melhores condições na contratação de crédito, como cartão de crédito, empréstimo pessoal, financiamento imobiliário e financiamento de automóvel.  

Já 31% compartilharia suas informações para aumentar o limite de crédito em cartões e cheque especial. Outros 15% indicaram que a principal motivação para compartilhar seus dados com instituições financeiras seria para receber produtos e serviços personalizados. 

Quando questionados para com quais instituições compartilhariam seus dados financeiros, 65% dos consumidores afirmaram que cederiam suas informações para instituições financeiras com as quais já possuem algum tipo de relacionamento. 

Quais são os receios dos consumidores e suas principais dúvidas? 

Os ouvidos pela pesquisa da Boa Vista apontaram como ponto negativo do sistema de compartilhamento de dados financeiros a invasão de privacidade e indicaram ter receio da ocorrência de fraudes através da exposição de dados financeiros para outras instituições  (42%). 

Outros aspectos também foram mencionados pelos entrevistados, como receio sobre o funcionamento do sistema (27%); falta de informações sobre o acesso aos benefícios (23%); dúvidas sobre como as informações serão compartilhadas e utilizadas (20%); e por se tratar de um serviço não obrigatório (10%). 

Conclusão 

Embora a metade dos consumidores não saiba ou tenha pouco conhecimento sobre o termo Open Banking, a pesquisa da Boa Vista sobre o tema mostrou que 49% dos respondentes pretendem aderir ao compartilhamento de dados financeiros; enquanto que 51% se declararam indecisos. 

Dos 49% que pretendem aderir ao Open Banking, o público com idade entre 35 e 44 anos (57%) foi o que demonstrou maior pretensão em compartilhar seus dados financeiros. Em relação a classe social, as classes AB (55%) e C (52%) registraram a maior taxa de intenção em aderir ao sistema de compartilhamento de dados. 

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