Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores

Apesar dos sucessivos pacotes de estímulo ao crédito e desoneração tributária, a expansão do PIB foi de apenas 0,9%. Os investimentos foram a principal causa do baixo crescimento. A c (FBCF) recuou 4% em relação a 2011.    Esse resultado também foi impactado pelo recuo de 2,3% da agropecuária e pela queda de 0,8% da indústria. O consumo das famílias teve um crescimento de 3,1% e os serviços uma expansão de 1,7%. O resultado do PIB do Brasil em 2012 está entre os piores dos emergentes. O México cresceu 3,9%, o Peru, 6,3%, e a Rússia, 3,4%. China e Índia cresceram 7,8% e 5%, respectivamente.

O fraco crescimento do PIB e o recuo dos investimentos parecem demonstrar que o atual modelo de estímulo ao consumo se esgotou. A proporção entre o investimento e o PIB caiu de 19,3% em 2011 para 18,1% em 2012. Para este ano a taxa de investimento deve se situar entre 18,5% e 19%, número muito abaixo do necessário para que o Brasil cresça, de maneira sustentada, a 5%. O aumento do investimento depende, principalmente, da desoneração e simplificação fiscal. Sem reestruturar os sistemas de poupança e investimento, o Brasil vai continuar patinando em crescimento muito abaixo do potencial.

Ed.135